Há dias ando incomodada com o uso feito por algumas candidaturas da palavra "jovem". De forma vazia, apenas com a linguagem jovial, afirmam ser " tudo" o que essa faixa populacional precisa.
Por Manuela D'Ávila, em seu blog
Estou terminando meu segundo mandato aos 29 anos (fui vereadora e deputada federal). Antes disso, desde os 16, militei em organizações de juventude. No movimento estudantil e na UJS. Meus dois mandatos foram dedicados de maneira intensa as pautas de segmentos da juventude. E foram conquistados com uma ampla votação entre pessoas de 16 a 29 anos (aquilo que a ONU e agora nossa constituição entendem como juventude). Mesmo assim jamais me outorguei o título de representante da juventude, ou melhor, como a única representante da Juventude.
Tenho claro que os mais de 35 milhões de brasileiros com essa idade têm visões diferentes de mundo, necessidades e opções distintas. Tratar do tema juventude é como tratar do tema das mulheres: existem temas que unem a todos nós, a exemplo da luta pela participação politica, do protagonismo. Mas temos também nossas diferenças. Queremos participação e direitos. Mas existem jovens que defendem a universidade pública e jovens que a consideram um gasto. Existem jovens que defendem a Livre orientação sexual e jovens que acham um absurdo o combate à homofobia.
Por que escrevo tudo isso? Porque quero a galera pense em que projeto cabem suas idéias e sonhos.
Num país em que a maior parte dos jovens vive a desigualdade de maneira muito intensa, será que o projeto que comporta os nossos sonhos é um que prevê o estado mínimo? Será que o projeto que sucateou nossas universidades públicas e decretou o fim
das escolas técnicas federais representa nosso sonho de qualificação profissional? Para mim, não!! Será que aqui no Rio Grande a juventude cabe no projeto que liquidou nossa universidade estadual? Que não valorizou nossas escolas de Ensino Médio? Para mim, não.
Para mim, o sonho de grande parte da juventude é estudar, se qualificar profissionalmente, garantir que seus filhos (Sim! Muitos jovens tem filhos!!!) tenham vagas em creches, ver que os amigos não morrem na guerra do crack nem no tráfico nem nos hospitais esperando internação. Queremos ser Felizes! E ver aqueles que amamos felizes!
Por isso minha opção nessas eleições é por aqueles que significam um projeto de desenvolvimento nacional que garanta direitos para os trabalhadores e distribua renda. Um projeto que inclua a juventude com seus direitos garantidos. Um projeto em que a gente não seja objeto! Em que nós sejamos atores da nossa estória! Um sonho que não seja nosso só no período eleitoral. Um sonho que não seja lembrado só por quem precisa de votos, mas cotidianamente.
Cada um escolhe o seu. Essa é a autonomia e liberdade que também queremos. Meu sonho passa pela eleição de Paulo Paim e Abgail, de Tarso Genro e Dilma. Aqueles que lutaram e lutam por um Brasil de todos.
Manuela D'Ávila é deputada federal pelo PCdoB-RS
Tenho claro que os mais de 35 milhões de brasileiros com essa idade têm visões diferentes de mundo, necessidades e opções distintas. Tratar do tema juventude é como tratar do tema das mulheres: existem temas que unem a todos nós, a exemplo da luta pela participação politica, do protagonismo. Mas temos também nossas diferenças. Queremos participação e direitos. Mas existem jovens que defendem a universidade pública e jovens que a consideram um gasto. Existem jovens que defendem a Livre orientação sexual e jovens que acham um absurdo o combate à homofobia.
Por que escrevo tudo isso? Porque quero a galera pense em que projeto cabem suas idéias e sonhos.
Num país em que a maior parte dos jovens vive a desigualdade de maneira muito intensa, será que o projeto que comporta os nossos sonhos é um que prevê o estado mínimo? Será que o projeto que sucateou nossas universidades públicas e decretou o fim
das escolas técnicas federais representa nosso sonho de qualificação profissional? Para mim, não!! Será que aqui no Rio Grande a juventude cabe no projeto que liquidou nossa universidade estadual? Que não valorizou nossas escolas de Ensino Médio? Para mim, não.
Para mim, o sonho de grande parte da juventude é estudar, se qualificar profissionalmente, garantir que seus filhos (Sim! Muitos jovens tem filhos!!!) tenham vagas em creches, ver que os amigos não morrem na guerra do crack nem no tráfico nem nos hospitais esperando internação. Queremos ser Felizes! E ver aqueles que amamos felizes!
Por isso minha opção nessas eleições é por aqueles que significam um projeto de desenvolvimento nacional que garanta direitos para os trabalhadores e distribua renda. Um projeto que inclua a juventude com seus direitos garantidos. Um projeto em que a gente não seja objeto! Em que nós sejamos atores da nossa estória! Um sonho que não seja nosso só no período eleitoral. Um sonho que não seja lembrado só por quem precisa de votos, mas cotidianamente.
Cada um escolhe o seu. Essa é a autonomia e liberdade que também queremos. Meu sonho passa pela eleição de Paulo Paim e Abgail, de Tarso Genro e Dilma. Aqueles que lutaram e lutam por um Brasil de todos.
Manuela D'Ávila é deputada federal pelo PCdoB-RS
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